Hoje de manhã, ao nascer do sol, fui em direção ao oceano para um mergulho matinal com algumas ilhas em foco. Passo a manhã com Rodrigo, biólogo da turma, e Valentim, argentino que mora no Brasil há anos e que passou por uma boa parte desses dois países de bicicleta. O grupo, localizado nas terras de um antigo centro cultural, alinhada com o mangue, segue uma consciência ecológica Agroflorestal, colher os frutos da floresta e da selva circundante, comer alimentação vegetariana, educaros jovens sobre o meio ambiente, o consumo local, limitar sua pegada no meio ambiente. 

Enquanto deixo eles para arrumar as minhas coisas, Sybille se junta ao grupo e prepara uma mistura de cereais, bananas e juçara, um fruto da mata atlântica que parece um açaí mais energético.

Logo é meio-dia, começa a ficar muito quente e eu tenho que pegar a estrada. Finalmente Sybille me convida para almoçar a uns dez quilômetros daqui.

Antes de pegar a estrada, o Rodrigo me oferece plantar uma bananeira como símbolo da minha passagem no Coletivo, muito legal, adoro!

Me despeço dessa simpática tropa e subo na minha bicicleta.

Quando chego na Casa da Figueira, a Sybille ainda não chegou, mas eu encontro a Cleia e o Líbero com quem a conexão foi imediata, eles são os donos deste lugar incrível que é dividido em três partes, a casa deles na frente, a grande casa de convivência e um chalé ainda em construção.

Eles me convidam a relaxar no rio abaixo, que pode ser ouvido fluindo da casa cercada pela floresta. Sybille chega e mergulhamos nas águas tumultuosas do rio, acompanhados logo por Cleia e Libero, nos encontramos sem qualquer traje cerimonial, nus, no leito do rio.

São pessoas humildes, com grande generosidade, emissoras dos valores essenciais da vida, como amor, verdade e partilha.

A casa está aberta à passagem de viajantes, buscadores da verdade, autoconhecimento e espiritualidade de todos os tipos. Abertura da mente, coração e troca são os principais veículos.

Valdemare, De coração aberto, cuida dos projetos de construção em andamento na propriedade.

A tarde passa pacificamente, cozinhando lentilhas, arroz, biscoitos, doces de abóbora e com coco e a discutir sobre vários temas da vida, política, história, espiritualidade, purificação, cerimônia com ayahuasca, pau do Gabão e cerimônia da harpa sagrada. Um grupo está preparando um retiro para a semana que vem.